Greve

TST proíbe, mas petroleiros iniciam paralisação

Trabalhadores pedem a saída do presidente da Petrobras e queda nos preços de combustíveis

GreveRefap

Trabalhadores se concentram em frente à Refap, em Canoas (Foto: Divulgação Sindipetro)

Contrariando a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que proibia a greve, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) iniciou nesta quarta-feira (30) uma paralisação de 72 horas. A mobilização se concentra em refinarias do Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará e Piauí.

Os trabalhadores protestam contra a privatização da Petrobras, defendem a saída do presidente Pedro Parente e pedem a redução dos preços dos combustíveis e gás de cozinha.

Em vídeo publicado nas redes sociais e gravado durante plenária no Rio de Janeiro, o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, afirmou que a decisão do TST que impõe multa diária de R$ 500 mil em caso de greve não intimida a categoria.

"Os trabalhadores não vão trabalhar porque eles sabem o que está acontecendo dentro da Petrobras. Eles sabem que hoje está em curso um processo de entrega do patrimônio público", disse.

Na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, os funcionários que deveriam começar as atividades no turno da 0h não compareceram, seguindo orientação do sindicato. Comportamento que se repetiu também nos outros estados.

Na Bacia de Campos, petroleiros também aderiram à greve e não estão trabalhando em algumas plataformas de exploração.

Greve política
Na decisão em que proibiu a greve e estabeleceu a multa em caso de descumprimento, a ministra Maria de Assis Calsing, do TST, sugeriu que a paralisação da categoria teria motivações políticas. "No caso concreto, não há pauta de reivindicações que trate das condições de trabalho dos empregados da Petrobras, até porque não se vislumbra a possibilidade da data-base da categoria", disse.

Para Rangel, da FUP, a decisão do tribunal contraria os interesses dos trabalhadores. Ele rebateu as críticas da ministra sobre o cunho político da greve. "A primeira coisa que os ministros do TST tinham que se perguntar é como que eles chegaram ao Tribunal. Foi através de indicação política. O fim da Justiça do Trabalho, imposta pelo golpe, também é uma decisão política. O fato de Pedro Parente está destruindo a Petrobras é uma decisão política. Tudo em nossa vida gira em torno da política."

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